sexta-feira, 9 de maio de 2008

Chegadas e partidas

Quando a vida é cheia de partidas e chegadas, sabemos que estamos sempre escolhendo. Escolhendo por quem vai ficar feliz com a chegada e triste com a partida. Fiz uma escolha que deixou triste principalmente a mim. E tem a ver com partidas e chegadas. Mas quando eu chegar lá e ver seu sorriso, ficarei imediatamente feliz.
Se eu optasse por não partir, estaria também escolhendo a tristeza dela, sua solidão. Se bem que essa escolha foi ela quem fez. Mas minha consciência pesaria pela tristeza dela, então escolhi partir. Optando também por ficar longe dele, o que dói demais.
Será que é possível ser totalmente livre quando se ama demais? Nos preocupamos com as escolhas que fazemos para não ferir a quem amamos. Mas, se para ser livre for preciso me afastar das pessoas e deixar de amar, então opto pela liberdade parcial. Essa que já tenho e que em algumas ocasiões me força a fazer escolhas que não gostaria de fazer. Ué, mas só tenho que fazer essas escolhas agora porque aos 17 anos eu já tinha optado pela minha liberdade...É tudo resultado das escolhas que fiz!
Ai, acho que já limpei a chaminé* demais por hoje.

*expressão usada no livro Quando Nietzsche Chorou.

Um comentário:

Sica disse...

pois é, tem a ver com meu ultimo post mesmo. eu acho que liberdade total, essa idealizada, não existe. li em algum lugar que não há meio de ter as coisas sem que elas não nos possuam. e acho que com as escolhas não é diferente. a partir do momento que escolhemos, perdemos o direito de ter os outros caminhos que poderiam ser escolhidos mas não foram. opa! perder direito? mas não somos livres? pois é. vivemos ganhando e perdendo.