quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Titãs

Último dia de férias. Domingão de 32ªC. E um cineminha à tarde me jogou num rio de nostalgia gostoso demais.

Talvez eu já tivesse percebido e não dado a devida atenção, mas o grande octeto do rock nacional, os incríveis Titãs, foram autores de muuuitas músicas que marcaram minha infância e adolescência.

Titãs - A vida até parece uma festa, é um filme para os fãs da banda e do rock nacional. E principalmente para aqueles cuja música ocupa um papel importante em suas vidas, como eu. Porque as histórias de cada álbum, de apresentações em programas de TV como Chacrinha, Barros de Alencar e Perdidos na Noite, são também histórias de nossas vidas nos anos oitenta.

E não tem como não se identificar com o filme e com seus oito protagonistas, lógico. Rapazes cheios de vitalidade e criatividade, experimentando sua arte, e que eram acima de tudo, uma banda de rock! Com solos de sax e coreografias engraçadas, mas muito, muito rock n' roll!! Afinal, quer coisa mais rock n' roll que o público do Sílvio Santos pedindo Bichos Escrotos e ovacionando a banda no "Qual é a música"?

Pude sentir novamente a energia que experimentei ao ouvir pela primeiura vez músicas como Sonífera Ilha e AAUU; a paulada que tomei com Polícia, Pulso e Cabeça Dinossauro; o nó que Igreja deu na minha cabeça, com uma certa identificação que não conseguia entender direito na época. E, numa feliz coincidência, a banda foi ficando cada vez mais pesada à medida que eu me tornava adolescente e me ajudou a extravasar a rebeldia. O Tudo ao Mesmo Tempo Agora, por exemplo, curiosamente ganhei na versão cassete do diretor da escola onde fiz o primeiro grau. E o pesado e ótimo Titanomaquia foi lançado quando estava no 1º colegial, ouvindo muito trash metal.

Enfim, um documentário envolvente e comovente, com imagens e situações que mostram porque os Titãs serão sempre lembrados como a maior banda de Rock do Brasil.