segunda-feira, 25 de junho de 2007

Somos humanos. Demasiadamente humanos. Portanto, agimos de forma curiosa e irracional muitas vezes. Pelo menos uma vez por semana, durante noventa minutos (e mais um período subseqüente que pode variar), independentemente do nível intelectual do indivíduo, somos muito irracionais. Êpa, noventa minutos...é claro que estou falando de futebol!
Os noventa minutos de irracionalidade variam de acordo com o fanatismo que acomete os apreciadores de tal esporte e também das circunstâncias. Para Eistein o tempo é relativo. É mais relativo ainda se seu time precisa fazer um gol de qualquer jeito, está lá na frente, pressionando, mas o gol não sai. Os quinze minutos finais da partida parecem se transformar em quinze segundos: o tempo voou e o gol não saiu. Mas se você estiver torcendo para o outro time, aí é o contrário: os mesmos quinze minutos serão eternos, começa Jornal da Globo, Jô Soares e nada do jogo acabar!
O grau de irracionalidade também varia, depende da aptidão do cidadão, já que uns são mais racionais que outros. O torcedor pode, em alguns casos, manter seu estado de irracionalidade durante toda a semana, emendando uma rodada à outra.
O legal mesmo é ver como isso se manifesta. Por exemplo, tirando o fato de hoje ser segunda-feira, que racionalidade explicaria meu mau humor senão a derrota de ontem?
Dia desses passava um jogo na TV e saiu um gol. Logo veio a comemoração de um vizinho (e minha tristeza, já que o time que tomou o gol era meu clube do coração). Até aí, tudo normal. Acontece que o vizinho mala não torce para o time que fez o gol o que, num ímpeto irracional, fez crescer a minha fúria e desferir adjetivos pouco amistosos me referindo ao sujeito. Claro que nem fui à janela xingar. Deus me livre arrumar briga com vizinho. É a arte do "torcer contra" que todos os amantes do futebol apreciam.
Outras manifestações: toques de celular com o hino (humm, caidassa, horrível!); sair sempre com a camisa, ou boné ou qualquer coisa ridícula com o distintivo do clube. Sabe aquela camisa que de preta já ficou roxa (geralmente com o logo da Kalunga ou da Suvinil nas costas)? E por aí vai... Pois é, alguns exageram. Somos humanos, mas uns menos humanos que outros. Ripa na chulipa!!