domingo, 13 de janeiro de 2008

Papai, vovó, sobrinha...

A mãe faz umas coisas e vive de um jeito em que eu não me espelho. Fico me perguntando de onde realmente saí, ou como me saí tão diferente. Só que ás vezes tenho alguns modos que explicam tudo...
E o pai, então? Parou no tempo e no espaço. É até difícil mantermos uma conversa, de tão diferentes que são nossos mundos. Mas sua ausência dói e fico feliz quando o telefone toca nas manhãs de domingo.
As mães e irmãs que entraram na minha vida também são diferentes de mim...e dele. Às vezes o vejo nelas, mas só ás vezes. São maravilhosas, meigas, sinceras, generosas...Mas infelizmente ou felizmente também não são minhas iguais.
E o outro pai explica muito sobre o meu Ele ser como é. Mas em muitas outras coisas, meu Ele não se parece em nada com o outro pai.
Família é mesmo um troço complicado! Mas já pensou que chato se fôssemos todos iguais: todos os filhos do mesmo jeito, imagem e semelhança dos pais? Cada família com sua copiadora, distribuindo auto-retratos pelo mundo...Que chato!
Será que os pais esperam se ver nos filhos? Digo, não apenas fisicamente. Será que gostam do que vêem em mim? Será que gostarei do que verei em minhas futuras crias?
Tenho uma teoria: a gente sai de um jeito, mas com um gene que pode ter ou não mais aptidão a sofrer mutações ao entrar em contato com o mundo fora da célula. Acho que tenho esse gene bastante mutável...
E mesmo com todas as transformações que cada um passa em cada família, de um modo geral são todas muito, muito parecidas.

2 comentários:

Tatit disse...

eu espero ver na Nara uma pessoa melhor do que eu. melhor do que o Hugo. acho que é esse o desejo dos pais, no geral. ver nas crias versões melhoradas do que eles são.
queria sim ver o resultado do caminho que ofereço pra ela trilhar - mesmo sem esquecer que no final das contas a trilha é dela e mesmo ela sendo conduzida por tal caminho, absorvê-lo e aceitá-lo pra si ou renegar tudo isso daqui uns anos, será escolha só dela.

olha, ser mãe é uma angústia, viu. e acho que na mesma proporção da felicidade.

Tati disse...

Eh...estou tomando coragem!