terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Across the Universe

Fazia tempo que queria assistir, desde a estréia no começo de dezembro. Finalmente deu certo! O primeiro cineminha de 2008 e será muito difícil esquecer o filme. A crítica disse maravilhas, teve matéria de página inteira no Caderno 2 e outras coisas. Mas, como vejo cinema apenas como espectadora, queria mesmo era conferir a trilha sonora já que nesse caso não seria apenas uma espectadora, mas também uma fã fervorosa.
Foi muito mais do que imaginava. Comecei a chorar na Let It Be e não parei mais. Até Mr. Kite fez as lágrimas descerem. E os jovens soldados carregando a estátua da Liberdade ao som de She's So Heavy? E os protagonistas cantando pra Dear Prudence? E os morangos da Strawbery Fields sangrando como corações? Ah, e tantos outros detalhes cheios de sensibilidade e poesia como transbordava o fab four.
Pena as músicas não serem as originais, mas não foram mutiladas ou sacrificadas. Pelo contrário, tiveram o cuidado de realçar sua força. Inacreditável como aqueles então garotos tinham o talento para escreverem tão bem. Eles tinham algo mais, e não era ácido lisérgico apenas.
Mas o filme vai além das músicas. Dá pra trazê-lo à atualidade e refletir sobre o excesso ou ausência de causas pelas quais lutar. Ou sobre o excesso e ao mesmo tempo escassez de meios para fazê-lo. Todo mundo fica meio perdido, querendo fazer alguma coisa pra melhorar o mundo e não sabe como. You Say You Want Revolution, mas ao mesmo tempo Nothing is Gonna Change My World, e Everything is Gonna Be All Right.
E quando as luzes se acenderam eu não era a única com nariz e olhos vermelhos a ficar ali anestesiada.

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