sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Il mio compleano

Terça-feira fui dormir com 28 e quarta acordei com 29. Olhei no espelho e a única coisa que havia mudado foi meu corte de cabelo, que tosei dia 15.
Nossa, 29 é quase trinta. Logo não serei mais confiável! Interessante porque os anos passaram para mim, mas não os senti muito. Às vezes acontece de alguém perguntar minha idade e, por frações de segundo, eu esquecer a resposta. É como se não fizesse a menor diferença pra mim. Claro que meus hormônios, minha pele e meus órgãos sabem quantos anos têm, mas minha mente e espírito, de certo modo, não olham muito pro calendário.
Quando era adolescente e me imaginava com minha idade atual, me via solteira, morando sozinha, trabalhando em algo interessante, cantando ou tocando numa banda e participando ativamente de algum partido revolucionário.
As coisas aconteceram um pouco diferentes: casei aos 20; virei professora como toda minha família; até hoje só consegui cantar em corais; e fugi dos centros acadêmicos , dos partidos e da luta sindical porque aqueles marxistas axilares de boininha que conheci na faculdade me enojaram.
Mas quer saber? Tirando a parte da banda que nunca tive (até porque não aprendi a tocar), o resto não poderia ter sido melhor!
Me apaixonei cedo, casei e continuo apaixonada; minha profissão tem seus altos e baixos e vivo questionando minha vocação, mas no fundo até gosto; no coral conheci pessoas maravilhosas e até cantei com a Mônica Salmazo; e -felizmente- não virei militante chata com sovaco cabeludo que fica cantando MPB enfiada nos CAs ou nos gabinetes de partidos. Ufa!
E algo me diz que será um ano maravilhoso este meu último na casa dos vinte!

Um comentário:

Sica disse...

adorei o post! dei boas risadas...