segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Poesia

É difícil eu gostar de poesia. Poucos poetas realmente me emocionam. Talvez porque "todo poeta seja um mentiroso", ou porque "toda poesia é um engano, um erro".

Mas na última sexta-feira, saindo do Elevado e entrando na Radial eu presenciei uma poesia. Na verdade, fui coadjuvante de um poema. A protagonista surgiu por de trás dos prédios, e estava ali enchendo tudo de poesia: os carros, o asfalto, as sombras dos edifícios, as luzes e os pingos que ainda brilhavam da chuva que já tinha parado.

Clareou a estrada, o pensamento e o coração. Não foi preciso ler nada para sentir a poesia daquele momento. E por isso não ouso fazer versos para ela ou sobre o que aconteceu. Porque aquela poesia existiu ali, naquele momento. Efêmera. Ninguém a escreveu e nem todos que estavam lá puderam sentí-la. Mas foi a poesia concreta mais bonita que já vi.

E me fez lembrar uma música que diz: "não é de sol, não é de mar. São Paulo é linda de lua!"

Um comentário:

Sica disse...

lagriminhas...
lindo.