quarta-feira, 30 de julho de 2008

Anos incríveis

Bixiga, 1995. Para ela era o aniversário da prima da prima. Para ele, o aniversário da amiga do amigo. Para ambos, o dia em que viraram casal.
Ela, numa fase muito trash metal, toda de preto e jaqueta de couro. Ele, de Led Zeppelin e cabeleira comprida. E na mesma noite, descobriram que ambos amavam os Fab 4.
A banda Roxigênio tocou Every Breath You Take e pronto: sabiam que nunca mais se largariam.

Já tinham estado em vários lugares em comum, mas ainda não era a hora certa de se encontrarem: o show do Guns no dia da chuva torrencial, o Metallica no Palestra, o Monsters of Rock do Kiss e Sabath.
Os Correios nunca tinham sido tão importantes e as semanas, ficaram intermináveis.

Ele, São Paulo. Ela, Santos. Ambos interior, serra e futebol.

Ele, História. Ela, terceiro colegial e depois, Geografia. Ele, bancário. Ela, professora. Ele, músico. Ela...só ouvinte. Mas ele toca violão pra ela cantar. E ela fica toda feliz.

Ele faz o prato principal e ela, a sobremesa. E os dois tomam todas desde o preparo até a refeição.
A casa deles está acostumadinha em guardá-los lá. E fica triste quando um dos dois não está. Tem uma baguncinha gostosa, que só os dois podem fazer.

Dizem que treze é o número do azar. Completaram treze anos e estão entrando no 14º. Inabaláveis. Felizes e apaixonados e bregas, como o amor pode ser.

Nenhum comentário: