quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Vila Belmiro

No último domingo realizei um sonho de infância. O sonho de uma torcedora apaixonada pelo alvi-negro praiano: fui à Vila Belmiro, ao Alçapão, ao Urbano Caldeira.
Há tempos que tinha vontade. Porém, com marido são-paulino, pai santista mas que não gosta de ir a estádios, e um único amigo santista mas que é completamente maluco, ficava difícil. O marido já me levou pra ver o Santos jogar, só que foi no Morumbi.
Eu já cheguei a falar que se ninguém me levasse eu iria sozinha. Apenas a Lígia, embora palmeirense, disse-me certa ocasião que me acompanharia.
E acabei conhecendo a casa do Santos graças a um amigo corintiano que foi morar na Vila Belmiro (para seu desespero, segundo o próprio) e cuja filha comemorou o primeiro aninho de vida num buffet quase em frente ao Urbano Caldeira. Cheguei na festa e nem havia percebido que estava em território tão ilustre. O Ri que pegou minha mão e me levou pra frente do estádio pra me mostrar. Deu um nó na garganta...
Sei que os amigos são-paulinos poderão pensar: “Nossa, foi preciso mostrar! Não dá pra ver de longe que nem o Morumbi...” Não, não dá pra ver de longe. Não é majestoso, é pequenininho, do tamanho de um quarteirão, parece de brinquedo! Mas ali jogou o maior artista da bola que o mundo já viu, o que faz do estádio um lugar mágico e gracioso.
Fui à lojinha e me segurei e me segurei pra não comprar nada, porque as camisas eram muito mais baratas que no shopping. Não fui ao Memorial porque tínhamos que voltar ao buffet pra cantarmos Parabéns.
E tinha um corintiano que não quis ir com a gente. Ficou lá dizendo: “Vocês vão ali, naquele aterro sanitário?”. Ao que respondi: “Não, hoje é domingo. Lixo é só na segunda!”. Incrível! Nem no fundo do poço o cara perde a pose...
Agora já sei o caminho. Vi o estádio, mas não o jogo. Paulistão 2008 está aí e voltarei à Vila mais famosa do Brasil de qualquer jeito!!

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