sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Olhando para dentro


Nunca pensei que fosse como ela. Não que eu seja exatamente, mas tenho muito mais dela do que gostaria ou do que jamais havia imaginado.

Era preconceito mesmo. Achava que as mulheres como ela fossem "menos mulheres" - como se isso fosse possível! O que é ser menos ou mais mulher? Só mesmo uma cabeça cheia de preconceitos para pensar isso. E eu confesso que pensava. Está sendo surpreendente e também assustador descobrir que tenho muito desse arquétipo. Mas também tem sido bom, pois as imagens anteriormente formadas vão caindo e se transformando. E também porque agora posso procurar fazer uso de suas qualidades, e prestar atenção para não cair nos sofrimentos que ela mesma procurou. Ou melhor, sofrimentos que ela não teve forças para evitar, pois pensava que sua existência não fazia sentido sem aquilo que era sua fonte de alegria e também de dor.


Mirar o espelho num quarto vazio sem máscara nenhuma é uma experiência que requer coragem, mas que é fundamental para o crescimento.


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